domingo, 30 de setembro de 2012

Safári + Suazilândia

Este será meu último fim de semana em Moçambique! Sábado que vem já estarei voltando para casa. Como passou rápido! Tenho a sensação de que fiz muito menos do que gostaria... Mas acho que é sempre assim, né?

Bom, para curtir este fim de semana fui fazer um programa que desde a minha estadia na África do Sul eu tinha vontade de fazer mas não tinha feito: um safári no Kruger Park, mais reserva animal do tipo na região.












sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Fim de semana em Xai-xai

Vou dar mais um "salto" para o fim de semana seguinte. 

Durante a semana toda o cima estava ótimo: sol e calor. Eu, obviamente, fiquei contando os minutos para a chegada do fim de semana. Já estava tudo planejado: como eu tinha que visitar a uma das Instituições de Formação do Ministério de Saúde no interior, escolhi "por acaso" uma que fica em uma cidade de praia! Então eu iria para lá na sexta-feira, passaria o fim de semana, e na segunda-feira trabalharia normalmente.

Acordei na sexta-feira toda animada. Ao olhar pela janela, percebi que o clima estava mudando: nublado, muito vento. Pensei: São Pedro deve estar de brincadeira comigo! Mas não desisti do meu plano! Afinal, já estava tudo organizado para minha viagem, e eu não podia perder a oportunidade.

Lá fui eu de carona com uma colega que trabalha para a JICA (Mie, brasileira descendente de japoneses) que mora em Xai-xai. Esta é a capital da província de Gaza, que é a mais próxima ao norte de Maputo. Foram um pouco mais de 3 horas de viagem. A estrada estava boa. O mais interessante foi observar o relevo e as construções. 




As cidades se formam bem ao longo da rodovia mesmo (como no Brasil). Só que aqui eles fazem o comércio local todo na beira da estrada: vendem frutas, legumes, verduras, tudo bem apoiado no chão! Barraquinha pra que, né?





Vendedoras de frutas, legumes, verduras. Todas "temperadas" com poeira!

Xai-xai é uma cidade pequena mas bonitinha. Tem uma rua principal (na qual tem a praça principal, os bancos, os prédios de governo e o comércio), duas paralelas e umas 15 transversais. A praia fica um pouco afastada do centro, e tem umas casas muito bonitas de veraneio.

A pousada em que fiquei hospedada é uma graça! Chama Boavida Guesthouse. E eu era VIP: a única hóspede! É, acho que essa foi minha primeira "pista" de que os moçambicanos sabiam bem que o clima não ia melhorar.



Sábado acordei toda animada para ir caminhar na praia. E, obviamente, o clima ainda estava horrível. Não desisti e fui. A praia é uma graça, bem grande, com uma barreira enorme de arrecifes que formam "piscinas" naturais. Deve ser uma delícia nadar quando está calor! Eu só me atrevi a colocar o pé...



A praia estava deserta, toda para mim! Por alguns minutos o sol chegou a brilhar e eu, rapidamente, estendi minha canga e "lagartixei". Mas minha felicidade durou pouco, e logo começou a chover novamente... E assim ficou o resto do fim de semana!

Minhas pegadas na praia deserta...




 Olha o céu azul! É mentira...

 Meus companheiros de praia: passantes fugindo da chuva...


As pessoas carregam tudo pesado na cabeça. Aqui, mulheres carregando lenha.


Descobri que só eu mesma que amo a praia a ponto de ir com chuva... Ninguém me acompanhou. Mas também descobri que os moçambicanos são quase tão fanáticos por futebol quanto os brasileiros: a maior chuva, e os times jogando animadamente, com uniforme e tudo!



Resumindo, meu fim de semana foi andar na chuva pela praia, perturbar um pouco a Mie (coitada, como fui sozinha acabei abusando da boa vontade dela e jantando duas vezes na casa dela), e trabalhar. Olhando pelo lado positivo (sempre tem um, né?) eu consegui terminar o primeiro relatório que tinha que entregar no trabalho! Iupii! Só faltam mais dois!

Nem preciso falar que na segunda-feira o dia amanheceu lindo, céu azul e sol rachando, né? Só porque eu tinha que ir trabalhar... Realmente, o Instituto de Formação em Saúde de Chicumbane fica uma graça sob o céu azul:



Não estou entendendo ainda qual é a intenção de São Pedro: se é me fazer ter que voltar a Moçambique  mais uma vez para aproveitar as praias (já que ele me impediu nos dois fins de semana que eu tinha livre), ou se é fazer com que eu não goste de Moçambique e não volte mais! Ainda tenho que descobrir...

Chegando em Maputo, com direito a pôr-do-sol (a foto está ruim porque o carro estava em movimento):


terça-feira, 18 de setembro de 2012

O primeiro fim de semana

Vou pular alguns dias e ir direto para meu primeiro fim de semana em Maputo.


Foi um fim de semana prolongado: sexta-feira, dia 07 de Setembro, também foi feriado nacional em Moçambique. Coincidentemente (ou não?!?!) foi o dia de assinatura do acordo de Lusaka, dando independência a Moçambique de Portugal. Isso foi em 1974, então o país tem poucos anos de vida independente.



Meu plano inicial era aproveitar o fim de semana e ir para alguma praia no norte de Moçambique, onde dizem que estão as praias mais bonitas. Mas São Pedro resolveu boicotar todos os meus planos e fez chover torrencialmente por aqui. Sim, não chovia desde Março, e foi chover exatamente no feriado que eu queria ir para a praia.



Mas tudo bem. Fazer o que, né? Fiquei em Maputo mesmo, explorando um pouco a cidade (nos momentos em que a chuva deixava). 



A sorte foi que conheci um pessoal muito legal na exposição que fui na 4a-feira (do Rafo, sobre a qual falei no post anterior). Então saí com eles. Na 5a fui a minha primeira festa aqui em Maputo. Foi na casa de um casal franco-moçambicano muito divertido (Carol e Sérgio). Muita dança e cerveja, tudo muito divertido. Na 6a-feira fui com meus novos amigos assistir ao jogo do Brasil. Fomos a uma pizzaria, mas lá não estava passando o jogo do Brasil (isso que dá sair só com homens: não sabem planejar nada direito!). Então fomos para a casa de um deles (Jonas), que era bem ao lado da pizzaria, e ficamos tomando cerveja e eles assistiram ao jogo. 



No sábado o amigo peruano (Roberto) fez um ceviche na casa dele. Éramos umas 12 pessoas. Muito divertido. O jantar começou às 19h e terminou às 2h. Algumas fotos:


Roberto e seu ceviche

A tchurma


Fomos pra casa? Não, claro que não! Fomos pra balada. No caminho, primeiro encontro com a polícia moçambicana. Param o táxi e pedem nossos documentos. Um de nós estava sem documento. Começa o lenga-lenga. Discussão, policial com ego enorme, querendo dinheiro. Eu me recusei a pagar e falei que preferia ir pra delegacia. Voltei pro táxi. No final, pagaram ao policial. Continuamos nossa viagem.... e fomos parados NOVAMENTE! Desta vez, o colega conseguiu dar um perdido nos guardas quanto à falta de documento (truque velho: falou com um que tinha mostrado para o outro, e vice-versa). Mas aí os guardas implicaram que uma das colegas estava só com a cópia do passaporte. Novo bate-boca. Nova encheção de saco. No final, ela mostrou um monte de documentos dela e nos deixaram ir. Chegando na balada (Coconut Louge), mais uma surpresa: não queriam deixar nossa colega entrar porque ela estava sem salto!!! Quase morri de rir! Mas conversamos e nos deixaram entrar. Ufa! Sinceramente, nem era lá essas coisas o lugar. Bem "elite" decadente. Música de balada (que não curto), com direito a Michel Teló... Mas, como quem tá na chuva é pra se molhar, dancei tudo o que podia.



Cheguei em casa às 6h, bem a tempo de trocar de roupa e descer para pegar o táxi e ir pra praia. Sim, seguindo o exemplo da minha querida amiga Lud Borges: fui de virote! Hehehe! Mas foi ótimo!

Peguei um barco às 7h, que levou umas 2 horas até a ilha de Inhaca. É uma ilha bem na frente Maputo, praticamente deserta. Só tem uma vila bem pequena, um hotel Pestana enorme. E só.

Óculos escuros para esconder a cara de sono. Mas o cabelo sem lavar entrega, né? 


Aproveitei para fazer o que mais gosto de fazer na praia: dormir! Foi ótimo, relaxante. Tudo o que eu precisava.



Chegando na ilha, com o segundo barquinho...

A vila de Inhaca

O agitado centro de Inhaca!

 Sol e mar!



O mais interessante da viagem: nós pagamos pelo barco Maputo-Inhaca. Mas o barco não consegue chegar até o porto de Inhaca (por questões de profundidade), então ele para no meio do mar. Aí vem uns barquinhos para nos buscar e levar até a praia. E temos que pagar novamente por esses barquinhos! A outra opção? Nadar! Hehehe! E não é perto! Vai entender a lógica...


O barquinho voltando para o barcão. Medo de virar? Que isso?!?!?! Hahahaha!

Voltando para Maputo. A cidade é bonita vista deste ângulo!

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Um pouquinho de Maputo

Hoje estou muito cansada, mas queria já deixar aqui os primeiros registros que fiz de Maputo. É uma cidade interessante, com pessoas muito legais, que merece ser conhecida com o coração aberto. Não é exatamente uma cidade bonita, mas tem seus cantinhos de beleza e, em geral, tem muita coisa interessante para mostrar.

Primeira parada: a Fortaleza. Como o nome diz, foi uma fortaleza no período de império Português. Hoje é um espaço muito bom que recebe exposições e eventos artísticos. Foi lá que fui ao meu primeiro evento cultural em Maputo: exposição do artista peruano Rafo, denominada "Psicodelic Snakes". A exposição foi interessante e lá conheci um pessoal que tem sido uma ótima companhia por aqui.

 Fortaleza à noite.

 Exposição do Rafo: ensaio da contação de contos.
Exposição do Rafo: Cobras Psicodélicas

Fortaleza de dia


Outro espaço cultural muito interessante da cidade é o Centro Cultural Franco-Moçambicano. Nele são feitas exposições, shows, eventos culturais em geral. E tem um café bem gostoso no quintal.



No caminho do CCFM, temos um dos locais mais bizarros de Maputo, na minha opinião: a casa de ferro. Ela foi construída por Gustave Eiffel, o mesmo arquiteto que fez a Torre Eiffel. Ela foi desenhada em 1892 para ser a residência do governador geral. Só um pequeno detalhe: ela é toda de ferro! No calor de Moçambique, ela é pior que uma sauna! Resultado: o governador nunca morou nela, e virou um espaço público. Desastre!


Por fim, o símbolo da independência nacional, Eduardo Mondlane, primeiro presidente e fundador da FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique), que liderou a luta pela independência de Portugal. Ao fundo, a Câmara Municipal.


Voltando à ativa... e à África!

Resolvi reativar este espaço, que tem o objetivo de servir como meio de comunicação com meus amigos, família e demais pessoas que amo. É um espaço totalmente despretensioso. Ele é o que é: um "diário de viagem", no qual posso colocar fotos e contar um pouco o que está acontecendo por aqui. Não é, e nem pretende ter, qualquer aspiração além disso.

Desta vez, meu destino é Moçambique. Mais especificamente, Maputo. Vou ficar aqui somente 1 mês. E irei trabalhar todos os dias (e MUITO, pela quantidade de coisas que tenho que fazer), então terei pouco tempo para viajar. Mas espero poder conhecer um pouco deste país e compartilhar isso com aqueles que amo.

Para dar início às postagens, nada mais coerente do que começar com a chegada: pousando em Maputo. Vista de cima a cidade parece estar alagada, todas as ruas são marrom. Mas não está alagada. É só poeira (em GRANDE quantidade) mesmo.


A cidade em si é bem "normal". É verdade que ela é bem suja, muitos prédios estão em péssimo estado de conservação, o trânsito é caótico, mas tem alguns bons bairros, restaurantes e atrativos turísticos. Aos poucos vou explorar um pouco a cidade e vou mostrando aqui o que encontrar.

Por enquanto, deixo aqui a vista do meu terraço (o apartamento no qual estou é super grande e tem esse terraço enorme!):